Ingrid aparece andando de caiaque (à esq.) em
janeiro de 2007, com 83 kg, e à direita na semana passada, com 59,5
kg, quase 4 anos após o início da reeducação alimentar e dos
exercícios (Foto: Arquivo pessoal)
"A compulsão é
algo com que vou ter que lidar o resto da vida. Sempre terei
tendência a abusar, mas hoje me controlo. Substituí o chocolate por
barra de cereal e troquei o açúcar branco pelo tipo demerara, mais
saudável", cita a moradora de Campina Grande (PB).
O desejo de mudança
começou na Páscoa de 2008, após passar mal de tanto comer. Foi
então que ela prometeu que nunca mais se sentiria assim por causa
dos excessos alimentares. Mirou o aniversário como meta, em outubro
daquele ano, e, uma semana antes do prazo estabelecido, alcançou seu
objetivo.
A obesidade grau 1 –
88 kg em 1,63m de altura – não incomodava apenas Ingrid, mas
também sua mãe, que é magra e vivia insistindo para que a filha
emagrecesse. Já o pai pesa cerca de 150 kg.
"Ela não aceitava
minha gordura, escondia comida em casa, prometia me dar viagem e até
dinheiro se eu perdesse peso. Mas só emagreci quando eu quis",
conta ela, que fez a primeira dieta aos 9 anos, perdeu 9 kg, mas
voltou a engordar na adolescência.
Em 2009, um ano após
baixar para 58 kg – hoje já ganhou 1,5 kg, mas de massa muscular
–, a mãe lhe deu um presente diferente: pagou uma cirurgia
plástica para Ingrid retirar o excesso de pele na barriga e pôr
silicone nos seios, que ficaram flácidos.
Com a mudança na
silhueta, algumas peças do guarda-roupa antigo foram ajustadas e,
quando chegou à meta final, a professora de inglês pegou um
dinheiro na poupança reservado para conhecer a Europa e usou na
renovação do armário.
"Comprei roupas de
marcas famosas da cidade, para provar que eu podia entrar nelas.
Agora estou economizando de novo, para viajar no ano que vem",
destaca a paraibana, que vivia chorando e desistindo de ir aos
lugares porque nada lhe servia.
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