segunda-feira, 5 de março de 2012

Tiro único




O sistema de segurança recebeu os meios necessários. São quase mil viaturas, mais de mil novos investigadores, escrivães e delegados, até o fim do processo 5 mil novos PMs, parafernália eletrônica que vai do computador a câmeras de alta definição. Pode-se dizer que o Ronda no Bairro está para a segurança pública de Manaus como a bomba atômica atirada sobre Hiroshima e Nagasaki esteve para a II Guerra Mundial. Tem que ser definitivo. Não dá para repetir.
Apesar de todo investimento, só possível porque o governador Omar Aziz foi secretário de Segurança e conhece as queixas históricas dos seus operadores, a base do Ronda no Bairro é a interação polícia-comunidade, policial-morador. Sem esse olho no olho e a troca mútua de confiança, todo esse aparato pode não funcionar a contento.
Ouço que o governo do Estado tem procurado treinar os operadores do Ronda no Bairro para evitar a subutilização. Torço para que atinjam as metas. Qualquer cidade fica muito melhor quando a gente pode andar de um lado para o outro a pé, sem temer balas perdidas ou assaltos.
A capital da Zona Franca (R$ 41 bilhões em 2011) precisa também de educação sem escolas em obras após o início do ano letivo. Clama por infraestrutura, eliminando ruas escuras, esburacadas ou impenetráveis para o carro do lixo, a ambulância, o bombeiro, a viatura. É assim que haverá paz dentro dos lares. Aí a polícia não consegue reprimi-la.
O assaltante, o homicida, o estuprador ou qualquer outro tipo de criminoso potencial precisa entender, desde o banco escolar, o quanto contribui para esse ambiente de guerra, onde o natural é que seja repelido duramente. Só o fato de ir à escola já o fará refletir. Custo a acreditar nesse estuprador de 15 mulheres no Conjunto Eldorado, mas, pelas confissões e reconhecimento por seis vítimas, ele é, infelizmente, mais um fruto da falha do sistema.

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