segunda-feira, 2 de julho de 2012

Garantido encerra última noite do Festival de Parintins com gritos de bicampeão

Vermelho e Branco empolgou quando Márcia Siqueira tocou 'DNA Caboclo', mas torcedores queriam ouvir toadas clássicas, que fizeram falta.  Sianhazinha Ana Luisa Faria


(Parintins-AM) - O Garantido encerrou o 47º Festival Folclórico de Parintins com uma apresentação bastante técnica que empolgou os jurados. Três deles dançaram e pediram para beijar o estandarte com o tema da noite e o coração vermelho na testa do boi quando a porta-estandarte Raíssa de Barros e o tripa Piçanã surgiram da arquibancada e foram até a cabine dos jurados.
O Garantido entrou na arena contando a lenda ‘Yara – a sedutora das águas’ que narra a história de uma índia que foi sogada no fundo das águas como punição e que passou a seduzir navegantes com seu canto alucinante. Na parte central havia uma grande cachoeira de onde uma boneca foi jogada representando a índia que foi punida. Em seguida, a Cachoeira se abriu e a Yara apareceu trazendo a cunha-poranga Tatiane Barros.
Nas costas da fantasia dela havia uma replica da Yara da alegoria. Vários elementos das águas como botos, peixes arraias e cobras faziam parte do cenário que vai trazer a cunha-poranga, Tatiane Barros. O pajé André Nascimento entrou e com cantos e danças retirou a maldição da Yara.
Em seguida foi executada a toada letra e música da noite: Geração Garantido. A toada é de 2011 e o levantador, Sebastião Junior, fez um solo de guitarra durante a execução da música. A guitarra causou estranheza em muitas pessoas.
A segunda alegoria montada na arena foi o cenário da celebração folclórica e representava o auto do boi. Lanças de vaqueiros, fogueira de São João e uma grande casa da fazenda foram o palco para a aparição da sinhazinha, Ana Luisa Faria, da porta-estandarte, Raissa Barros e do tripa do boi, Denildo Piçanã.
As tribos entraram na arena junto com uma aranha gigante que trouxe, mais uma vez a cunhã-poranga, que fez uma mutação de onça para cunhã-poranga. Ela rasgou a roupa de onça e por baixo trazia a roupa de cunhã.

Empolgação
Na Figura Típica Regional, quando o Garantido homenageou o caboclo, a cantora Márcia Siqueira, cantou junto com o levantador de toadas Sebastião Junior, a toada DNA Caboclo. Sebastião também acompanhou a introdução da música tocando flauta. A alegoria trouxe a rainha do folclore, Patrícia de Góes, num cenário de vários elementos do dia a dia do caboclo. Chapéus de palha, peneiras de palha, tipitis usados na fabricação de farinha e o forno de farinha estavam na alegoria.
O ritual da última noite será ‘Iniciação Xikrin’ onde para se tornar xamã, o índio precisa passar por uma grande teia de aranha. Depois de tomar uma bebida indígena, o aspirante a Xamã começou a ter alucinações e várias cabeças de gavião se abriram. Dentro estavam monstros que impressionaram a galera.  Depois o aspirante teve a nuca furada por um gavião como símbolo que ele pode voar. Foi nesse momento de o pajé André Nascimento apareceu e evoluiu na arena.
Apoteose

Na apoteose, o Garantido repetiu a apresentação das formigas de fogo feita na primeira noite. Além da coreografia, os dançarinos também repetiram as roupas usadas na primeira noite. O momento mostrou um jovem que representava o filho da formiga de fogo.
Ao final os torcedores esperavam que Sebastião Júnior cantasse toadas clássicas, além de 'Vermelho', que abriu a noite. Muitos saíram do Bumbódromo decepcionados, mas responderam aos gritos de 'bicampeão' quando Israel Paulain pediu gritos.

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