Vermelho e Branco empolgou quando Márcia Siqueira
tocou 'DNA Caboclo', mas torcedores queriam ouvir toadas clássicas, que
fizeram falta.
(Parintins-AM) - O Garantido encerrou o 47º
Festival Folclórico de Parintins com uma apresentação bastante técnica
que empolgou os jurados. Três deles dançaram e pediram para beijar o
estandarte com o tema da noite e o coração vermelho na testa do boi
quando a porta-estandarte Raíssa de Barros e o tripa Piçanã surgiram da
arquibancada e foram até a cabine dos jurados.
O Garantido entrou
na arena contando a lenda ‘Yara – a sedutora das águas’ que narra a
história de uma índia que foi sogada no fundo das águas como punição e
que passou a seduzir navegantes com seu canto alucinante. Na parte
central havia uma grande cachoeira de onde uma boneca foi jogada
representando a índia que foi punida. Em seguida, a Cachoeira se abriu e
a Yara apareceu trazendo a cunha-poranga Tatiane Barros.
Nas
costas da fantasia dela havia uma replica da Yara da alegoria. Vários
elementos das águas como botos, peixes arraias e cobras faziam parte do
cenário que vai trazer a cunha-poranga, Tatiane Barros. O pajé André
Nascimento entrou e com cantos e danças retirou a maldição da Yara.
Em
seguida foi executada a toada letra e música da noite: Geração
Garantido. A toada é de 2011 e o levantador, Sebastião Junior, fez um
solo de guitarra durante a execução da música. A guitarra causou
estranheza em muitas pessoas.
A segunda alegoria montada na arena
foi o cenário da celebração folclórica e representava o auto do boi.
Lanças de vaqueiros, fogueira de São João e uma grande casa da fazenda
foram o palco para a aparição da sinhazinha, Ana Luisa Faria, da
porta-estandarte, Raissa Barros e do tripa do boi, Denildo Piçanã.
As
tribos entraram na arena junto com uma aranha gigante que trouxe, mais
uma vez a cunhã-poranga, que fez uma mutação de onça para cunhã-poranga.
Ela rasgou a roupa de onça e por baixo trazia a roupa de cunhã.
Empolgação
Na
Figura Típica Regional, quando o Garantido homenageou o caboclo, a
cantora Márcia Siqueira, cantou junto com o levantador de toadas
Sebastião Junior, a toada DNA Caboclo. Sebastião também acompanhou a
introdução da música tocando flauta. A alegoria trouxe a rainha do
folclore, Patrícia de Góes, num cenário de vários elementos do dia a dia
do caboclo. Chapéus de palha, peneiras de palha, tipitis usados na
fabricação de farinha e o forno de farinha estavam na alegoria.
O
ritual da última noite será ‘Iniciação Xikrin’ onde para se tornar
xamã, o índio precisa passar por uma grande teia de aranha. Depois de
tomar uma bebida indígena, o aspirante a Xamã começou a ter alucinações e
várias cabeças de gavião se abriram. Dentro estavam monstros que
impressionaram a galera. Depois o aspirante teve a nuca furada por um
gavião como símbolo que ele pode voar. Foi nesse momento de o pajé André
Nascimento apareceu e evoluiu na arena.
Apoteose
Na
apoteose, o Garantido repetiu a apresentação das formigas de fogo feita
na primeira noite. Além da coreografia, os dançarinos também repetiram
as roupas usadas na primeira noite. O momento mostrou um jovem que
representava o filho da formiga de fogo.
Ao final os torcedores
esperavam que Sebastião Júnior cantasse toadas clássicas, além de
'Vermelho', que abriu a noite. Muitos saíram do Bumbódromo
decepcionados, mas responderam aos gritos de 'bicampeão' quando Israel
Paulain pediu gritos.
contato@d24am.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário