Draga de mineração utilizada para garimpo ilegal de ouro no rio Madeira (AM) é apreendida pelo Ibama. Foto: Ibama |
Vinte e cinco proprietários de dragas foram denunciados por
exploração ilegal de ouro e outros minérios no Rio Madeira. O crime ambiental
teria corrido no município de Humaitá, distante 590 quilômetros de Manaus, no
Amazonas. Os acusados foram identificados durante fiscalização em outubro o ano
passado.
As dragas que faziam a retirada ilegal de ouro estavam
montadas sobre botes. Motores marítimos a diesel alimentavam bombas centrífugas
que sugavam o cascalho e peneiravam o material.
A apuração final era feita com o auxílio de bateia e o uso
de mercúrio, que representa perigo para o meio ambiente e saúde de ribeirinhos.
De acordo com o Ministério Público Federal, autor da denúncia, no momento da
fiscalização os proprietários das dragas não apresentaram permissão para fazer
a garimpagem.
Se a justiça acatar o pedido do MPF, os denunciados vão
responder pelos crimes de exploração de matéria-prima pertencente à União sem
autorização legal e por extração de recursos minerais sem licença.
Após essa operação, carros, embarcações e prédios do Ibama e
do ICMBio foram incendiados e servidores ameaçados.
Em dezembro de 2017, o Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas liberou o garimpo na área, mas justiça Federal suspendeu as licenças
de operação concedidas pelo órgão para a exploração de ouro no leito do rio
Madeira, nos municípios de Novo Aripuanã, Manicoré, Borba e Humaitá, região sul
do Amazonas. Por Renata Martins, da Radioagência Nacional.
Assim como em Humaitá, é comum a presença de balsas com
dragas circulando e extraindo seixo e ouro no Rio Uatumã sem fiscalização alguma
dos órgãos ambientais (Municipal, Estadual e Federal).
Se for proibido o uso de dragas no Rio Madeira em Humaitá certamente
não será permitido no já sofrido Rio Uatumã em Presidente Figueiredo, é o que a
lógica nos permite deduzir.
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