domingo, 4 de março de 2012

Coordenador da UGP Copa de Manaus rebate críticas de secretário geral da Fifa

Manaus - Apontado pelo secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, como uma das carências de Manaus para a Copa de 2014, o atual número de quartos na rede hoteleira da capital amazonense é avaliado pelo coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP), Miguel Capobiango, como favorável economicamente à cidade.
De acordo com Capobiango, a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonatur) contabiliza 11.050 leitos em Manaus, sendo que 2.560 estão sendo construídos. Ele alega que o aumento de hotéis na cidade pode trazer problemas financeiros após a Copa, visto que não haverá demanda turística semelhante a do Mundial depois dos três jogos.
“Nós realmente temos uma dificuldade em relação a hotel, porque não podemos construir muitos para que depois fiquem vazios. Foi divulgado que tínhamos expectativa de receber 88 mil turistas, mas não é essa a quantidade. Até gostaria que fosse”, declarou Capobiango. “Temos que nos preparar para o evento, mas com a responsabilidade de avaliar os legados”, comentou.
O coordenador da UGP Copa informou também que a Amazonastur prepara alternativas de hospedagem na cidade durante a Copa do Mundo. “Não incluímos nesses levantamentos as pousadas, os hostels e os leitos de hospedagens para turistas em barcos, uma alternativa que já é utilizada durante o Festival Folclórico de Parintins”, constatou.
Jerome Valcke mencionou Manaus como uma das cidades-sede da Copa com carência no número de quartos para turistas e chegou a dizer que os organizadores do evento no País precisam de um “chute no traseiro” para acelerar as preparações. A declaração irritou o ministro de Esportes Aldo Rebelo. “A interlocução do governo (brasileiro) não pode ser através de quem emite declarações intempestivas”, rebateu.
Em comunicado divulgado na tarde desse sábado (3), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, também criticou a postura do secretário-geral da FIFA. “Apesar desse senhor (Valcke) ter promovido uma campanha contrária à Copa do Mundo no Brasil desde a primeira hora, asseguro que ele não terá a alegria de ver a competição fora do nosso país. A Copa do Mundo de 2014 acontecerá no Brasil porque assim querem o Governo Federal, o COL e a CBF”.

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