Santiago - O ex-líder do grupo Pink Floyd Roger Waters
se reuniu com a dirigente estudantil chilena Camila Vallejo e a convidou
para participar de um ensaio dos shows que fará nesta sexta-feira e no
sábado em Santiago.
Camila considerou o encontro, que aconteceu
na quarta-feira (29), "muito importante" e destacou a figura de Waters,
que ao longo de sua trajetória artística "soube explorar em sua obra
musical temas políticos muito relevantes".
O encontro aconteceu
no Estádio Nacional da capital chilena, que será o palco do show do
artista britânico, baseado no disco "The Wall".
Waters e Camila
conversaram sobre os sistemas educacionais chileno e britânico, entre
outros assuntos, e a líder estudantil presenteou o cantor com um
exemplar de seu livro "Nós podemos mudar o mundo", no qual conta alguns
detalhes dos protestos que os estudantes de seu país fizeram no ano
passado para exigir melhorias na educação.
"Eu acho que o que
está acontecendo no Chile, como ele mesmo disse, também está acontecendo
no mundo", declarou nesta quinta Camila, atual vice-presidente da
Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECH) à "Radio
Futuro".
"O muro existe em todas as partes do mundo, e o bom é
que Waters demonstrou em sua música que é possível combatê-lo e
destruí-lo", acrescentou a líder estudantil, em referência a "The Wall",
o épico disco do artista britânico, lançado em 1980.
Na
segunda-feira, em entrevista coletiva em Santiago, Waters afirmou
compreender as reivindicações dos estudantes no Chile, que desde o ano
passado pedem uma melhoria da qualidade do ensino e a gratuidade das
matrículas.
"Sei que existe o sentimento de que não há
oportunidades igualitárias no Chile e que o sistema de educação é ruim,
por isso entendo perfeitamente o protesto dos jovens", disse o artista.
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