sábado, 3 de março de 2012

Marcha para o interior

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Há um fenômeno urbano no Brasil que, felizmente, o IBGE transformou em números e estatísticas passíveis de estudo com a publicação dos resultados do Censo 2010: o aumento de cidades com população entre 200 mil e 500 mil habitantes vem ocorrendo há pelo menos dez anos. São as chamadas “pequenas metrópoles”.
As causas dessa “marcha para o interior” são muitas, podendo citar desde o recrudescimento da violência nas grandes cidades, o crescimento econômico do país ou mesmo a busca por mais qualidade de vida.
Se o fenômeno é evidente nas cidades do sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, o mesmo não se pode dizer do Amazonas. Dos sessenta e dois municípios amazonenses não há um sequer com mais de duzentos mil habitantes.  Embora tenhamos uma população de mais de três milhões de habitantes, mais da metade desse contingente ainda reside na exaurida Manaus. À exceção da capital, não há outro polo de desenvolvimento econômico e social no Estado capaz de absorver famílias e suas demandas por empregos, saúde, educação e boas condições de vida.
Tenho razões suficientes para crer que o futuro do Amazonas está no interior do Estado. Se tivermos capacidade de fomentar e desenvolver, pelo menos, cinco cidades polo no interior, com condições estratégicas de atrair famílias inteiras para nelas morar e construir suas vidas, finalmente daremos um salto de desenvolvimento. Mas é preciso que o Governo e a sociedade se mobilizem.
Nesse sentido o anúncio da (re) criação do Instituto de Cooperação Técnica do Interior – ICOTI pelo Governo do Estado vem acompanhado de ótimas expectativas. Trata-se de entidade que vai assessorar as Prefeituras do interior na elaboração de projetos, convênios e, inclusive, prestações de contas de recursos recebidos. É chegada a hora de o progresso alcançar plenamente os municípios do interior do Amazonas.

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