Mais recentemente, assisti ao histórico combate entre Anderson Silva e Chael Sonnen. Estava perplexo, achando que nosso grande campeão seria finalmente derrotado, mas eis que, no último round, ele tira da cartola um triângulo e finaliza o adversário (observe na outra foto acima). Depois da luta, fiquei sabendo que o brasileiro havia sido obrigado a entrar no octógno com uma costela fissurada e sentira muita dificuldade de locomoção e respiração ao longo do evento.
Pois bem, sirvo-me dos dois exemplos para comentar o que ouvi, li e assisti desde segunda-feira, quando o governador Omar Aziz pronunciou aquele contundente discurso que toda e imprensa interpretou como uma espécie de "grito de independência" em relação ao senador Eduardo Braga.
Conheço políticos que não aguentam um cascudo de qualquer blog, jornal
ou programa de rádio. Morrem de medo da mídia. Outros, convictos de sua
posição e popularidade, resistem bravamente às ondas de ataques sem
capitular. Estes últimos vivem melhor, dormem melhor, convivem melhor
com as adversidades.
Nem sempre a voz da mídia é a voz das ruas. Como sempre disse aqui, não
existe imparcialidade. Cada jornal, cada TV, cada portal de internet,
cada rádio defende seus próprios interesses. Às vezes estes se
assemelham àqueles ouvidos nas esquinas, mas nem sempre é assim. Se
fosse, Lula não seria o que é, um mito, o político mais popular do país.
A única premissa básica que une a todos é a liberdade de expressão.
Graças a Deus, o Brasil caminha para consolidar esse direito universal.
E é a liberdade de expressão que garante ao governador dizer e fazer o
que quiser, respondendo obviamente pelos atos e palavras. Também é essa
garantia constitucional que permite à imprensa se manifestar livremente,
até mentindo. Todos, entretanto, devem ter em mente que vão ser
julgados pela Justiça e pela opinião pública.
Neste momento, Eduardo Braga foi colocado em um córner recebendo todo
tipo de golpe, a maioria deles baixos. Parece acuado, assim como seus
aliados, entre os quais me incluo. Vejo as hienas comentarem aqui no
blog, comemorando o momento. E vejo o povo calado, observando tudo
atentamente, mais ou menos como a platéia, majoritariamente admiradora
de Cassius Clay, fazia quando seu ídolo era colocado no canto do ringue
pelo adversário.
O povo entende de gratidão, de solidariedade e de arrogância, mas leva
em conta prioritariamente a competência. Na hora do voto, vale o
pragmatismo. E lá, na urna, vai contar o que interessa para Manaus, não o
que acha o radialista fulano, o jornalista beltrano ou o blogueiro
cicrano.
P.S - Uma dica às aves de rapina: um acontecimento previsto
para a semana que vem pode produzir uma notícia bombástica que vai
mudar todo esse quadro. Não comemorem com antecedência.Fonte: http://blogdohiellevy.com.br
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