O procurador-geral de Justiça de
Rondônia, Héverton Aguiar, afirma que uma organização criminosa
instalada dentro da prefeitura de Porto Velho movimentou mais de R$ 100
milhões em contratos públicos com a efetiva participação do prefeito
Roberto Sobrinho (PT), onde empresas eram favorecidas em processos
licitatórios, contratos, e execução das obras públicas. Nesta
quinta-feira (6), o prefeito foi afastado do cargo, proibido de entrar
em diversos órgãos públicos, teve o sigilo fiscal e bancário quebrado e
está com os bens indisponíveis, quando foram deflagradas as operações
Vórtice e Endemia. “A diversificação da atuação dessa quadrilha é algo
impressionante e complexo, tanto que não consegui prender o prefeito
Roberto Sobrinho, ainda, mas vou prender”, afirma o procurador Héverton
Aguiar. O vice-prefeito Emerson Castro (PMDB) assumiu o cargo
interinamente.
Segundo o procurador, em 2011, a empresa
M & E foi contratada para realizar a recuperação de uma estrada
vicinal e 26 dias depois da assinatura do contrato e início da obra, o
contrato foi reincidido ‘de forma amigável’, tendo a empresa declarado
ter sanado todas as obrigações junto ao órgão.
No entanto, a coincidência entre a data
de assinatura do contrato e início da obra, e a alegação de finalização
da obra no período de 26 dias, enquanto o contrato estabelecia um prazo
de 180 dias, chamou a atenção do Ministério Público, que deu inicio às
investigações.
“Nossa equipe técnica foi ao local e
constatou que nenhuma obra havia sido executada no local, e ainda assim,
foram pagos mais de R$ 1 milhão à empresa”, explica o Héverton
Aguiar.(G1)
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