A Eletrobras Amazonas Energia lançou no último dia 16, o edital de
licitação da nova usina a gás natural. A licitação acontece por
concorrência internacional e a empresa vencedora do edital será
contratada em regime de empreitada integral para fazer o projeto de
execução de obras e serviços pertinentes à implantação da nova
termelétrica que terá potência instalada local efetiva mínima de 350 MW e
máxima de até 650 MW.
A empresa vencedora será aquela com menor preço e o critério de
julgamento será o de menor custo total de geração (menor preço por MWh).
O empreendimento será construído no terreno ao lado de onde funciona
hoje a Usina Termelétrica Mauá (UTE Mauá), na zona leste de Manaus.
A
nova unidade, que recebe o nome provisório de Mauá 3, irá funcionar em
ciclo combinado, com flexibilidade de operação em ciclo simples
utilizando o volume máximo disponível de 2.300.000 m3/dia de gás natural
da forma mais eficiente possível.
Um dos principais benefícios a
serem contemplados com a nova unidade será a questão ambiental, já que o
empreendimento contará com alta tecnologia que dispõe de potenciais
poluidores sensivelmente menores.
A potência final da nova
unidade ainda não está definida, uma vez que, de acordo com a empresa,
esse item dependerá do tipo de turbinas, tamanho e concepções a serem
usados no projeto em função da quantidade de gás que o proponente irá
adotar.
De acordo com a empresa, a nova aquisição será uma usina
termelétrica de moderna concepção, compacta, utilizando recentes
tecnologias e altamente aderente às condicionantes de redução de
potencial poluidor. Essa medida irá propiciar à matriz energética do
Amazonas, um forte impulso na confiabilidade e segurança, somado à alta
eficiência da usina em função da utilização do ciclo combinado.
A
data para entrega das propostas e abertura dos documentos de
habilitação acontece no próximo dia 2 de abril de 2012, às 9h (horário
Manaus). O edital está disponível no site www.amazonasenergia.gov.br.
A
nova unidade geradora de energia elétrica da Eletrobras Amazonas
Energia deverá substituir outras usinas menos eficientes que hoje
funcionam a óleo combustível. Para a empresa, essa medida irá consolidar
uma nova fase para a matriz enérgica no Estado do Amazonas, em
especial, para a capital Manaus.
Ciclo combinado
O ciclo
combinado (regime no qual irá operar a nova unidade da Eletrobras
Amazonas Energia) nada mais é que a utilização dos gases provenientes da
exaustão de turbinas a gás natural durante a queima desse mesmo gás.
Na
prática, a exaustão das turbinas, que irá queimar o gás natural,
receberá gases quentes (temperatura superior a 500º Celsius) e esses
gases serão reaproveitados para o aquecimento de água na produção de
vapor, o qual irá impulsionar uma outra turbina sendo essa última,
movida a vapor e não mais à gás natural. A última turbina movida a vapor
irá acionar um outro gerador elétrico produzindo energia elétrica.
Esse
tipo de processo faz com que com uma mesma quantidade de gás possa
produzir 50% a mais de energia elétrica através do vapor reaproveitado,
tornando esse tipo de usina, entre as mais eficientes do mundo e com
potenciais poluidores sensivelmente menores.
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