O Globo
Quando era garoto, Marcelo Crivella (foto
acima) gostava de pegar ondas de peito e de prancha de isopor no Leblon,
onde foi criado. E talvez tenha sido esse o único momento da vida em
que o senador teve um contato mais direto com o mar, que agora passa a
ser o centro de suas atenções como ministro da Pesca.
Conhecido
pela fala mansa, gestos medidos e oratória pontuada de citações
bíblicas, o futuro ministro admitiu que “tem muito a aprender” sobre
pesca e aquicultura.
Crivella, que fez carreira política embalado
pela força da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) criada pelo tio, o
bispo Edir Macedo, chega ao primeiro escalão do governo Dilma sem se
livrar da pecha de pescador de eleitores de fé.
Se o envolvimento
com a religião lhe valeu duas vitórias na disputa da vaga no Senado
(2002 e 2010), foi esse mesmo vínculo que custou a Crivella, bispo
licenciado da Iurd, três derrotas consecutivas quando tentou um cargo
executivo (governo do Estado do Rio, em 2006, e Prefeitura da capital,
em 2004 e 2008).
Apesar do esforço para se mostrar um senador do
Estado do Rio, e não da Igreja Universal, Crivella não esconde as
convicções religiosas. Se diz criacionista e acredita que a explicação
bíblica sobre a origem da humanidade é mais lógica do que a evolução.
Nas eleições de 2008, enfrentou ira do movimento gay ao declarar em
entrevista que divergia da união homoafetiva por achar que o
homossexualismo era “o caminho da amargura”.
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