Ari Moutinho comandará o TJ-AM durante 2012/2014 |
O
desembargador Ari Moutinho derrotou por 11 votos a 8 sua concorrente ao
cargo de presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), a também
desembargadora Maria da Graça Figueiredo, e comandará o Tribunal de
Justiça no biênio 2012/2014.
Ele terá como vice-presidente o magistrado Wilson Barroso, e como Corregedor Yêdo Simões.
A
eleição aconteceu na manhã desta terça-feira (27), em reunião secreta,
marcada pela realização de duas eleições para o cargo de Corregedor. Já
que, a primeira tentativa foi anulada por problemas com um das cédulas
de votação.
Eleição em meio a polêmicas
Relatório
enviado à redação de A CRÍTICA mostra que Ari Moutinho teve as contas
da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), reprovadas pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) em 2009, por suspeita de pagamento
indevido de diárias, licitações com orçamentos irregulares e outras
“despesas indevidas verificação de falhas de natureza formal ou de
improbidade que não ensejam aplicação de multa”, diz trecho do
relatório.
Contra
Graça Figueiredo foram publicados sete vídeos no site YouTube
(http://youtube.com/user/carlabulcao) que também colocam em dúvida sua
atuação dentro do tribunal. Em um dos vídeos o autor(a) sugere que a
desembargadora deveria ter se julgado impedida em processo contra a rede
de supermercado DB. Como justificativa o vídeo informa que a
desembargadora é mãe da esposa de um dos sócios do supermercado.
Pesa
sobre os 19 desembargadores que irão escolher a nova presidência do
TJ-AM, a mediação do atrito entre Graça Figueiredo e Ari Moutinho, que
publicamente sustentam antipatia um pelo outro. “Não tenho nenhuma
amizade com ela, não há como negar. Nada. Nem a cumprimento fora
daqui.”, declarou o desembargador Moutinho a A CRÍTICA em 2009.
O
caso mais contundente de atrito entre os dois ocorreu quando Ari
Moutinho conseguiu reeleger-se para a presidência do TRE-AM em 2008 e
foi alvo de processo do Ministério Público do Estado (MPE) junto ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter quebrado o regimento interno
da Justiça Eleitoral. Naquele momento, Graça Figueiredo, também entra
com processo no TSE pedindo a anulação da eleição.
Em
2010 o processo perdeu objeto junto ao TSE quando Moutinho renunciou ao
cargo de presidente do TRE-AM. Moutinho, Maria Socorro Guedes de Moura e
Flávio Pascarelli foram afastados do Tribunal Eleitoral pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Os três desembargadores renunciaram aos cargos.
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