sábado, 24 de março de 2012

SUS REALIZA PELA 1ª VEZ NO AMAZONAS TRANSPLANTE DE CORAÇÃO VIA SUS.

Procedimento acontece no Amazonas 44 anos depois do que foi realizado no Brasil e na América Latina

Quarenta e quatro anos depois do primeiro transplante de coração no Brasil e na América Latina, o Amazonas se credencia para realizar este procedimento na rede pública de saúde, no Hospital Francisca Mendes, na Cidade Nova, Zona Norte. Neste ano também, o Estado terá o seu primeiro transplante de fígado.
Cirurgiões, anestesiologistas intensivistas e demais especialidades já iniciaram os treinamentos na Região Sudeste. A expectativa do cardiologista Mariano Terrazas, 65, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e coordenador da equipe, é de que até setembro, o procedimento cirúrgico, histórico para a Região Norte, aconteça.
A prioridade do Ministério da Saúde (MS), na descentralização desses procedimentos no País, são as Regiões Norte e Nordeste, informa a diretora da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), a médica Leny Passos.
Por já fazer uma média de 2,3 mil cirurgias cardíacas no Amazonas, atendendo toda a Região Norte, o Francisca Mendes, hoje cedido à Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi o escolhido.
Identificador
Não há ainda uma lista dos receptores, embora existam pacientes com perfis para a cirurgia. Após a estruturação do hospital e capacitação das equipes, o transplante será feito a partir da identificação de um doador diagnosticado com morte cerebral, que será avaliado pela equipe de transplantes. Caso confirmada a possibilidade, o paciente será encaminhado ao Francisca Mendes.

Cirurgia também para fígado
Outro transplante que será feito em Manaus é o de fígado. Entretanto, para isso, a estrutura está sendo montada na Fundação Hospital Adriano Jorge, no bairro da Cachoeirinha, Zona Sul. 

O procedimento também deve acontecer este ano, informa o diretor da unidade, Raymison Monteiro de Souza. Esse tipo de transplante é importante numa região com alta incidência de doenças como hepatites e cirroses, principais causas de insuficiência hepática,complementa.

Uma equipe de cerca de 30 profissionais já está sendo treinada, enquanto a unidade de saúde está recebendo os equipamentos.
“O transplante de fígado é o segundo maior em complexidade, mas temos experiência, grandes cirurgiões e esforço da equipe”, disse o médico, que considera importante a formação de profissionais jovens que possam atuar no futuro.
Ele completa ainda, lembrando ser essencial a criação desses serviços para evitar a perda de tantos órgãos como coração, fígado, pulmão etc, que podem prolongar a vida de pessoas necessitadas.

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