O Tribunal de Contas da União (TCU) vai realizar até junho uma
auditoria no programa "Minha Casa, Minha Vida". A decisão foi aprovada
hoje, atendendo à solicitação do ministro Raimundo Carreiro para quem "o
maior programa social do governo" tem demonstrado deficiências
operacionais, apesar dos vultosos recursos que recebe. Carreiro citou
entre as dificuldades a falta de cumprimento dos prazos para entrega das
obras, a baixa qualidade das residências construídas, a mudança nos
critérios de seleção de beneficiários, com a inclusão de porcentuais
para atender idosos e portadores de necessidades especial, além do
aumento nos limites de renda familiar para inclusão no programa.
"O meu objetivo é ajudar a presidente Dilma Rousseff no maior
programa social existente no Brasil", argumentou o ministro. A decisão
dos ministros do TCU foi unânime. Raimundo Carreiro lembrou que cabe ao
Ministério das Cidades gerir o programa de "ampla relevância social e
econômica". Ele chamou a atenção dos colegas para notícias sobre a
disposição do governo de investir R$ 71,7 bilhões no programa até 2014.
Desse total, R$ 62,2 bilhões sairão do Orçamento da União e R$ 9,5
bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A meta é
construir 2 milhões de casas até 2014.
O ministro lembrou que os dados foram igualmente divulgados na
reunião de 30 de janeiro dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, das
Cidades, Aguinaldo Ribeiro, dirigentes da Caixa Econômica Federal e do
Banco do Brasil, além de empresários da construção civil. O objetivo era
avaliar o andamento do programa e definir metas de avanço.
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