Município de Amanã sofre com aumento do nível do rio Solimões devido a grande vazante |
Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio Negro atingiu o nível de 29,20m nesta segunda-feira (30), abaixo apenas 57 centímetros da cheia histórica de 2009 |
Cidades amazonenses afetadas pelas cheias dos rios que cortam o Estado tentam reparar os estragos e auxiliar a população enquanto aguardam a ajuda financeira dos governos estadual e federal.
Até a última sexta-feira (4), mais de 30 municípios do Amazonas já
haviam decretado situação de emergência por causa das cheias dos rios
que cortam o Estado. A Defesa Civil do Amazonas calcula que já chega a
74 mil o número de famílias atingidas em todo o Estado.
Embora o nível dos rios tenha começado a baixar, no interior ainda há localidades praticamente submersas.
A previsão do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos,
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do Inpe ((Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais), é mais chuva forte para as regiões
centro-norte e leste do Estado.
Uma destas localidades é Benjamim Constant, na região oeste do Estado.
De acordo com a Defesa Civil municipal, cerca de 9 mil pessoas foram
afetadas pelas águas desde meados de março.
Segundo a coordenadora do órgão, Gleissimar Campelo Castelo Branco,
embora o nível dos rios Solimões e Javari, que banham a cidade, tenha
começado a baixar nos últimos dias, boa parte do município continua
alagada e a cidade permanece em situação de emergência.
"Benjamim se transformou em uma Veneza", disse a coordenadoral,
referindo-se à cidade italiana cortada por canais onde gôndolas servem
de meio de transporte. De acordo com Gleissimar, o nível do Rio Solimões
chegou a atingir 13,74 metros, apenas 9 centímetros a menos que a marca
histórica registrada durante a cheia de 1999. Já o Javari, de acordo
com muitos moradores, diz a coordenadora, atingiu o maior nível de todos
os tempos.
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