Acidente na terça-feira (8) matou sete policiais e suspeito
de chacina.
Eles voltavam para Goiânia após reconstituição do crime, em
Doverlândia.
Imagens gravadas por um
cinegrafista amador, e adquiridas pela TV Anhanguera, mostram o momento em que
fazendeiros ajudam a apagar o fogo do helicóptero da Polícia Civil que caiu na
tarde de terça-feira (8), na zona rural de Piranhas, no sudoeste de Goiás. O
acidente aconteceu quando a aeronave retornava para Goiânia, após o segundo dia
de reconstituição da chacina, ocorrida no dia 28 de abril, na cidade de
Doverlândia. Com a queda, morreram sete policiais e o principal suspeito dos
crimes.
Segundo o que foi registrado, os
fazendeiros tinham medo de novas explosões. De acordo com o cinegrafista, cerca
de 20 pequenas explosões ainda foram ouvidas. Provavelmente, de munições que
estouraram com o calor das chamas (veja vídeo acima).
As primeiras pessoas que chegaram
ao local perceberam que algumas vítimas estavam presas às ferragens. Mas, como
quase tudo estava destruído, não era possível identificar os corpos.
Ainda sem identificação, os
corpos das vítimas terminaram de ser resgatados no final da manhã desta
quarta-feira (9) e chegaram a Goiânia por volta das 19h. O primeiro corpo a
chegar à capital, ainda na madrugada desta quarta, foi do delegado Vinícius
Batista, que foi sepultado no Cemitério Jardim das Palmeiras, nesta tarde.
Destroços do helicóptero que caiu
na Fazenda do Boi, em Piranhas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Vítimas
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública de Goiás, as vítimas são: o superintendente da Polícia Judiciária de
Goiás, o delegado Antônio Gonçalves Pereira dos Santos; o delegado titular da
Delegacia de Repressão a Roubo de Cargas, Jorge Moreira; o titular da Delegacia
de Iporáx, Vinícius Batista da Silva; o chefe do Grupo Aeroespacial e piloto do
helicóptero, Osvalmir Carrasco Júnior; o chefe-adjunto do Grupo Aeroespacial e copiloto
da aeronave, Bruno Rosa Carneiro; os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira
e Fabiano de Paula Silva; além do principal suspeito da chacina de Doverlândia,
Aparecido de Souza Alves, 22 anos.
Chacina
A Secretaria de Segurança Pública
de Goiás informou que as investigações da chacina continuarão, pois há outros
suspeitos além de Aparecido de Souza Alves. Segundo a polícia, ele confessou
ter matado e degolado as sete vítimas na fazenda e garantiu ter agido sozinho.
No entanto, os investigadores acham que ele teve ajuda para cometer os crimes.
Luto
O governador Marconi Perillo
decretou luto oficial de três dias, devido à tragédia. O chefe da comunicação
da Polícia Civil, Norton Ferreira, explica que, do ponto de vista do
atendimento ao público, esta quarta-feira será um dia de trabalho como outro
para a corporação. No entanto, ele admite que não há como encarar este dia com
normalidade.
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