quinta-feira, 7 de junho de 2012

Kelvys não foi salvo pelo gongo

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Na Europa medieval era frequente a catalepsia, que é um distúrbio que impede o doente de se movimentar, aparentando a morte.
Como a medicina era precária, algumas cidades anglo-saxônicas desenvolveram o costume de vigiar seus mortos por 24 horas. Após a vigília, enterravam o defunto, amarrando-lhes à um dos pulsos uma corda que, através de um tubo, vinha à superfície e era amarrada ao badalo de um sino. 

Os cemitérios tinham um sistema de guardas por 24 horas. Caso o “morto” acordasse o movimento do braço amarrado à corda tocava o sino e todos corriam a exumá-lo para lhe tentar salvar a vida. Dali surgiu a expressão “salvo pelo gongo” (saved by the bell em inglês). 

> O menor de Cotijuba
O copo de água que o menor Kelvys Simão, em seu próprio velório, pediu ao pai, foi o gongo que não o salvou, sendo apenas o seu último suspiro.
É sabido que os profissionais de saúde exercem a profissão em extremo estresse devido ao excesso de demanda e precárias condições estruturais, mas atestar a morte de uma pessoa quando essa ainda porta a chama da vida é, sem sombra de dúvida, um forte indício de imperícia ou negligência.

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