PLANO B - Na carta interceptada, Bruno convoca o comparsa Macarrão a “ficar aqui” e livrá-lo da condenação pela morte de Eliza: três vezes “Me perdoe”

Na carta interceptada, Bruno convoca o comparsa Macarrão a “ficar aqui” e livrá-lo da condenação pela morte de Eliza: três vezes “Me perdoe” 

O desaparecimento de Eliza Samudio, um dos crimes mais macabros que o Brasil já conheceu, ganha, aos poucos, notas de absurdo também pela postura dos advogados envolvidos. O primeiro representante de Bruno, Ércio Quaresma, contratado assim que o jogador teve o nome ligado ao caso, foi afastado depois de aparecer em um vídeo em que consumia crack

Se houve mesmo um caso de amor entre o goleiro Bruno e seu amigo e funcionário, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ninguém sabe ao certo.
Mas os advogados dos dois principais acusados de tramar o sequestro e a morte da jovem Eliza Samudio, certamente, já se odeiam. Leonardo Diniz, que representa Macarrão, apresentou, esta tarde, uma medida preparatória de um processo de difamação contra o colega Rui Caldas Pimenta, defensor do jogador. 
O motivo são as declarações de Pimenta sobre a “relação homossexual” entre os dois acusados. Pimenta levantou esta hipótese no ano passado, e voltou a dar declarações nesse sentido após a revelação, por VEJA, de uma carta em que Bruno pede ao amigo para assumir a culpa pelo crime.

A medida, que poderá dar início a um processo judicial de Diniz contra Pimenta, já foi distribuída na 10ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Na ação, Diniz pede que o colega se explique em juízo sobre as afirmativas da suposta relação homoafetiva entre Bruno e Macarrão, e que se justifique sobre as declarações ofensivas, que, segundo o advogado de Macarrão, ferem a honra e a dignidade de seu cliente.
Esta seria, segundo Diniz, a primeira de duas ações planejadas contra Pimenta. 

“O colega está agindo por conta própria, à revelia, sem o conhecimento do Bruno. Então, ele que se explique em juízo. O Luiz Henrique não é homossexual e está sendo vítima de um advogado que só quer tumultuar o processo e desviar a atenção do foco principal, que é provar se houve ou não um crime”, disse Diniz.(Veja)