A Lei Seca ficou mais dura e
passa a vigorar com multa ampliada e novas possibilidades de provar a
embriaguez ao volante. O projeto que altera o Código Brasileiro de
Trânsito (CBT) e acaba com impasses na comprovação da direção sob efeito
de álcool foi aprovado ontem no Senado e segue para a sanção da
presidente Dilma Rousseff. A expectativa é que, antes do Natal, a lei já
esteja valendo nas blitze pelo País.
Motoristas flagrados alcoolizados serão
submetidos, além da sanção administrativa, a uma multa maior do que a
aplicada atualmente. Hoje, recai sobre eles uma multa de R$ 957,70. O
valor passa para R$ 1.915,40, além de cobrar o dobro disso, R$ 3.830,80,
em casos de reincidência em um período de 12 meses.
O projeto foi aprovado em regime de
urgência na semana passada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
do Senado e vem como uma reação a uma decisão de março do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que enfraqueceu a legislação. O judiciário
havia determinado que a punição de motoristas sob influência de álcool
ocorresse apenas a partir da comprovação por teste de bafômetro ou de
exame de sangue. Como a Constituição Federal garante ao cidadão o
direito de não produzir provas contra si mesmo – e por isso estava
assegurada a possibilidade de se recusar a fazer o teste – as punições
passaram a ser apenas em caráter administrativo, com a suspensão da
Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Agora, condutores que se
recusarem a fazer o teste podem ser enquadrados criminalmente.(UOL)
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