Esqueça a imagem do delegado de jaqueta de couro surrada e gravata
estampada, baforando cigarros em seu gabinete. A nova turma de policiais
que começou a ser formada ontem pela Academia da Polícia Civil
(Acadepol) tem perfil bem diferente. Com média de 27 anos, os futuros
delegados são jovens, de classe média alta e falam em smartphones.
Neta de magistrado, a porto-alegrense Andréa Nicotti Gomes Ferreira, 25
anos, por exemplo, estudou em colégio particular, mora em um bairro
nobre da Capital, mas herdou da mãe, Cláudia, o sonho de ser delegada.
- Quando minha mãe se formou em Direito, minha avó não a deixou ser
delegada, pois era profissão de homem. As coisas mudaram, felizmente -
afirmou Andréa, que deixou o cargo de assessora jurídica
na Procuradoria-Geral do Estado, assumido em dezembro, para fazer o
curso da Acadepol.
Como a maioria de suas novas colegas, Andréa, vaidosa, atualmente é delegada plantonista de Taquara, Rigo Grande do Sul.
- Sempre fui durona. E sou apaixonada pela investigação. Advoguei e fui juíza leiga até 2009, quando passei no concurso para assessora jurídica da Procuradoria do Estado, onde trabalhei até me exonerar para assumir o cargo de delegada. A escolha pela função policial ocorreu muito por acaso, já que prestei o concurso para delegada enquanto aguardava completar três anos de prática jurídica exigidos para demais cargos jurídicos (juiz, promotor, etc.), afirmou.
- Gosto do Sul. Acho que é um bom lugar para se morar e trabalhar.
Fonte: PGE/RS / Zero Hora
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