sábado, 30 de novembro de 2024

A BR-319, A POLÊMICA AMBIENTAL E A HIPOCRISIA DO TRANSPORTE NO RIO MADEIRA

Ministra Marina Silva (Meio Ambiente)

A BR-319, estrada que conecta MANAUS (AM) A PORTO VELHO (RO), continua sendo tema de intensos debates. Alegações de impactos ambientais são constantemente levantadas por autoridades, incluindo a ministra do Meio Ambiente, que se posiciona contra sua recuperação. Contudo, a crítica ambiental à estrada contrasta fortemente com a realidade do transporte fluvial no Rio Madeira, a principal rota atual entre os dois estados.

 

RIO MADEIRA: POLUIÇÃO IGNORADA

 

Atualmente, o Rio Madeira é a “estrada” que liga RONDÔNIA AO AMAZONAS. Balsas movidas por motores a diesel navegam diariamente, deixando rastros de poluição no rio e contribuindo para a degradação ambiental. Essa prática, no entanto, não recebe a mesma atenção das autoridades que criticam a BR-319. A dependência desse modelo de transporte beneficia financeiramente uma pequena elite de empresários que dominam o setor, enquanto o impacto ambiental é ignorado em nome de interesses econômicos.

 

A IMPORTÂNCIA DA BR-319

 

A recuperação da BR-319 é crucial não apenas para a integração logística dos estados, mas para o desenvolvimento social e econômico da REGIÃO AMAZÔNICA. Ela representaria uma alternativa mais prática e eficiente ao transporte fluvial, reduzindo custos e oferecendo maior acessibilidade para os moradores da região. No entanto, a resistência por parte de alguns grupos e a omissão de soluções sustentáveis mantêm a população refém de um sistema caro e poluente.

 

FERROVIA: UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL

 

Além da estrada, especialistas sugerem a construção de uma ferrovia ao longo da BR-319. Essa ferrovia poderia interligar RONDÔNIA E AMAZONAS, transportando insumos e passageiros com menor impacto ambiental. Enquanto as balsas a diesel continuam a poluir os rios da região, uma ferrovia seria uma alternativa ecológica e econômica, fortalecendo o transporte multimodal e proporcionando desenvolvimento sustentável.

 

HIPOCRISIA E CONTRADIÇÕES

 

A resistência à recuperação da BR-319 sob o pretexto de impacto ambiental parece ser uma contradição. Afinal, o transporte fluvial atual causa danos significativos aos RIOS AMAZÔNICOS, mas esse problema é convenientemente ignorado. Estrada e ferrovia, ao invés de rivais, poderiam se complementar, criando uma rede logística moderna e eficiente que atenderia às demandas da região sem sacrificar o meio ambiente.

 

UM CAMINHO PARA O FUTURO

 

O debate sobre a BR-319 precisa ir além da polarização política e das narrativas que favorecem interesses específicos. É hora de priorizar o interesse coletivo, encontrar soluções sustentáveis e garantir que a AMAZÔNIA esteja integrada ao restante do país de forma justa e eficiente. A recuperação da BR-319 e a construção de uma ferrovia são passos essenciais para o progresso da região, equilibrando desenvolvimento e preservação ambiental.

 

Enquanto isso, a pergunta permanece: até quando a população amazônica será refém de interesses econômicos que não priorizam seu bem-estar e o futuro da região?

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