Por Reinaldo Azevedo
O caso está
decidido, conforme o previsto. Pior do que o mérito, que joga no lixo o
Artigo 5º da Constituição e faz de brancos pobres sócios do regime
escravocrata que vigorou no Brasil — obrigando-os a pagar com a própria
pele (!) por aquele processo histórico — são os argumentos. Todos eles
atribuem ao tribunal — ou a seus membros — a competência de fazer
justiça com a própria toga.
As cotas para
negros nas universidades públicas já estão oficializadas. Agora resta às
demais minorias, com base naqueles mesmos argumentos que sustentam que
se possam suprimir direitos de uns para conceder privilégios a outros
“em nome da igualdade e da dignidade humana”, reivindicar o seu quinhão.
Eu me sinto, vamos
dizer, intelectualmente recompensado porque antevi isso há muitos anos,
não? É minha a frase segundo a qual o branco, pobre, heterossexual e
cristão passaria a ser o verdadeiro negro do Brasil. Ninguém
é por ele, e todos são contra ele. É um sem-ONG, um sem-razão, um
sem-direito. Está proibido até mesmo de reivindicar. Caso se mobilize,
os bem-pensantes, inclusive os da imprensa, apontarão o dedo:
“Fascista!”
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