Presidente Figueiredo está nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde com uma das
cidades com altos índice de transmissão do vírus HIV, assim como Itacoatiara, Parintins
e Manacapuru, o que preocupa a SUSAM. Com a notícia de medicamentos profiláticos
(PrEP) disponíveis na rede publica trouxe uma grande avanço no combate a essa
doença.
A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, que consiste no
consumo diário de um medicamento preventivo, chamado antirretroviral Truvada,
será disponibilizada pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado a partir de janeiro em Manaus, informou a Secretaria Estadual de Saúde
(Susam), nesta terça-feira (26).
O tratamento será ofertado a pessoas que não têm o vírus
HIV, mas que estão mais expostas à infecção, como profissionais do sexo e
casais sorodiscordantes (quando apenas um dos parceiros é soropositivo).
Segundo a coordenadora estadual de IST/Aids e Hepatites
Virais, Dessana Chechuan, a medicação foi enviada pelo Ministério da Saúde e já
encontra-se em Manaus. A Fundação está finalizando a montagem do fluxo de
atendimento e a previsão é que no início de janeiro a medicação comece a ser
distribuída aos pacientes.
A coordenadora ressalta que a PrEP é uma estratégia
importante e que pode contribuir para redução dos altos índices de infecção por
HIV, porém o tratamento não substitui o uso do preservativo. "A camisinha
continua sendo a maneira mais eficiente de prevenir o HIV e também outras
infecções sexualmente transmissíveis", disse, por meio da assessoria.
Barreira contra o HIV
A profilaxia pré-exposição (PrEP) é a combinação dos
antirretrovirais tenofovir com a entricitabina. Dessana Chechuan explica que a
medicação funciona como uma barreira para o HIV antes que a pessoa tenha
contato com o vírus. Os estudos científicos demonstraram que o uso da PrEP pode
reduzir o risco de infecção por HIV em mais de 90%, desde que o medicamento
seja tomado corretamente, já que a eficácia está diretamente relacionada à
adesão.
Após o início do uso da PrEP, o efeito de proteção só começa
após o sétimo dia de uso diário do medicamento para as relações envolvendo sexo
anal. Já para as relações envolvendo sexo vaginal, a proteção só começa após 20
dias de uso diário.
O que é PREP?
A PREPé uma prevenção à infecção pelo vírus. Diferente de
uma vacina, ela não torna a pessoa que toma o medicamento imune ao HIV, mas
evita que ele se instale no sistema sanguíneo. O remédio chamado truavada – uma
combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabina – precisa ser tomado
diariamente.
O público prioritário para este tipo de profilaxia, segundo
o Ministério da Saúde, compreende os homossexuais, homens que fazem sexo com
outros homens, travestis e transexuais, profissionais do sexo e parceiros
sorodiscordantes – quando um tem o vírus e o outro não.
Para fazer a profilaxia, as pessoas que se expõe a situações
de risco para o vírus precisam comprovar que não têm HIV, caso contrário devem
inciar o tratamento com coquetel antirretroviral. Uma vez que a PREP é
iniciada, são necessários exames mensais de acomapanhamento.
Desde 2014, a profilaxia pré-exposição é recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco considerável de se
infectarem com HIV e sua eficácia foi comprovada por quatro estudos clínicos.
Pílula do medicamento Truvada, usado na profilaxia
pré-exposição (PrEP) contra o HIV (Foto: Paul Sakuma/AP)
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O que é PEP?
A chamada PEP é a Profilaxia Pós-Exposição, uma série de
medicamentos que devem ser tomados para evitar que o HIV se instale no
organismo após uma situação de risco. Popularmente é conhecida como a “pílula
do dia seguinte do HIV”. A diferença é que não basta tomar um comprimido, são
necessárias 28 doses – uma por dia.
O ideal é que a PEP seja iniciada logo nas primeiras horas
após a exposição ao vírus. O prazo máximo para que tenha efeito é de 72 horas.
A profilaxia é recomendada especialmente nos casos de violência sexual, para
profissionais da saúde que tenham se acidentado, para profissionais do sexo e
pessoas que se relacionam com parceiros soropositivos.
No entanto, quem tiver tido uma relação sexual consentida
sem camisinha também pode buscar o pronto-socorro e solicitar a PEP. “Lá, essa
pessoa vai ser orientada sobre a importância do uso do preservativo e as
precauções que precisa tomar para evitar nova exposição”, explicou a
infectologista Valéria Lima, em entrevista ao site G1(https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/medicamento-anti-hiv-sera-disponibilizado-a-partir-de-janeiro-em-manaus-para-pessoas-em-risco.ghtml).