Homem abre fogo em universidade nos Estados Unidos

Suspeito de atirar em alunos é de origem asiática e pode ter estudado em instituição ligada à comunidade coreana. Motivos são desconhecidos

OAKLAND, Califórnia — Um homem abriu fogo em uma universidade privada fundada por coreanos em Oakland, na Califórnia, nesta segunda-feira, deixando ao menos seis mortos mortos e pelo menos três feridos. Um suspeito, também supostamente coreano, foi detido em uma loja de roupas num shopping a quilômetros de distância logo após o crime. Num país que assistiu a vários ataques em suas escolas nos últimos anos, o fato lembrou o massacre de Virginia Tech, em que o aluno Cho Seung-hui, de origem sul-coreana, matou 32 pessoas em 16 de abril de 2007.
Segundo a rede de TV KTVU, o atirador entrou em uma sala de aula da Universidade Oikos — uma pequena instituição privada religiosa — e abriu fogo. Outros veículos de informação diziam que ele seria um aluno e simplesmente teria se levantado durante a aula e começado a disparar. O suspeito detido foi descrito como sendo homem, asiático e forte, com cerca de 40 anos.
— Acreditamos que seis pessoas já tenham sido declaradas mortas — contou o sargento da polícia Christopher Bolton.

Pastor ouviu 30 disparos durante o ataque
O Pastor Jong Kim, que fundou a universidade há 10 anos, afirmou ao jornal “Oakland Tribune” que o suspeito havia estudado enfermagem no local, mas já não era mais aluno da instituição. Kim afirmou ter ficado dentro de seu escritório durante o incidente e contou ter ouvido cerca de 30 tiros
— Eu fiquei em meu escritório — disse, repetindo o barulho dos tiros.
Os bombeiros teriam recebido a primeira chamada de socorro às 10h50m (horário local).
— Uma das pessoas que estava no prédio disse que havia um cara louco lá dentro — contou Brian Snow, que estava no local, ao canal KGO-TV. — Ela disse que alguém foi atingido no peito do seu lado.
Autoridades ouvidas pela rede KTVU informaram que duas pessoas foram atingidas na cabeça. E pelo menos um homem foi retirado com manchas de sangue em um dos braços.
A polícia já deteve um suspeito que estaria envolvido com o ataque e afirmou que não há ameaça à segurança pública na região. O suspeito foi preso em um centro comercial distante da universidade.
— Acreditamos que detivemos um indivíduo responsável pelo ataque — disse a porta-voz da polícia, Johnna Watson.
Imagens de TV mostraram policiais retirando estudantes e levando-os a veículos da SWAT enquanto blindados se posicionavam ao redor de prédios.