quarta-feira, 27 de março de 2013

TRE afasta servidores e pede que PF ajude a investigar fraude em cartório


A denúncia do ex-prefeito de Silves, Aristides Queiroz de Oliveira (PSDB), de que houve irregularidade  nas eleições municipais de 2012, supostamente praticada pelo chefe do cartório da 39ª Zona Eleitoral, Danta Garcia Andrade Neto, pela servidora Leda Maria Leite e pelo professor Raimundo Carmo Martins, será apurada pela Corregedoria do TRE-Am e Superintendência da Polícia Federal.

Por determinação do corredor eleitoral em exercício, desembargador Aristóteles Lima Thury, foi instaurado, sob segredo de justiça, em caráter de urgência, Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar possível responsabilidade de servidores lotados no cartório da 39ª Zona Eleitoral.

Thury  determinou ainda o afastamento imediato pelo prazo de 60 dias, do chefe do cartório D. G. A. N (Dante), da servidora L. M. L. (Leda) e do professor R. C. M. (Raimundo), requisitado pelo TRE-A, para trabalhar a disposição da Justiça Eleitoral.

Em seu despacho, Thury  mandou que seja feita extração integral de cópia dos  autos e enviada à Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, para juntada no IPL 0950/2012, com a comunicação da disponibilidade dos PETEs e Títulos Eleitorais apreendidos no flagrante para, caso entenda necessária, a realização de perícia grafotécnica e de autenticidade dos documentos.

Denúncia ao MPF
O advogado Cristian Mendes da Silva  denunciou em otubro do ano passado   o chefe do cartório da 39ª Zona, Dante Garcia de Andrade Neto, Leda Maria Leite, servidora do TRE, o esposo dela Wellington Leite de Almeida, Sidney dos Santos Ferreira, o “Cissa”, Vladimir Machado Façanha, o “Chico do Carvão”, João Cosmo Garcia Rego, Franrossi de Oliveira Lira, o “Bojó” (PSD) candidato a prefeitura e o professor Raimundo Carmo Martins, por envolvimento em suposta fraude nas eleições municipais.

A denúncia  partiu depois da apreensão de 21 títulos de eleitor e mais 49 protocolos de entregas do documento da seção 22. Os documentos foram apreendidos na casa de Vladimir Machado, o “Chico do Carvão”, candidato a vereador pelo DEM, depois de denuncia ao promotor Valdo Castro de Souza.

A fraude acabou identificada  quando na seção 22. Chico do Carvão, candidato da coligação de Bojó, teve 150 votos, fato  que levou ao candidato a reeleição, Aristides Queiroz, a denunciar o esquema armado para eleger seu adversário. De acordo com ele,  o juiz René Gomes  nada fez.

Outra fraude identificada na seção 22, foi o narrado pela agricultora Gerusa da Silva Ribeiro, que teve seu título  transferido para a seção da fraude. De acordo com ela, recebeu o documento novo, das mãos de “Cissa”, que apesar de não ser servidora do cartório eleitoral, foi quem lhe fez a entrega e estava acompanhado do candidato a vereador Vladimir do Carvão.

Disse que o candidato  voltou a sua casa, no dia 3 mesmo mês, para entregar títulos de eleitor a sua família e lhe deu um novo, fato que ela achou estranho pois já tinha o documento. Vladimir também entregou a todos seus santinhos e pediu para que votassem nele.

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