A ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) traiu seu próprio discurso. Agora obedece às determinações de “velho cacique baré da década de 80” e deixa a proposta do novo escapar por entre os dedos. O apoio dado a Amazonino Mendes (PDT), na Convenção do PDT, nesse domingo (29), foi visto por convidados e curiosos, mais como um cruzamento de avestruz com elefante em noite de lua cheia.
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| Amazonino e Rebecca: uma parceria que não convence nem o mais fiel dos aliados – foto: recorte, vídeo |
Um não bota ovo e o outro não choca, mesmo assim, a ex-parlamentar do PP se fez anunciar vice de Amazonino, diante de uma plateia descrente desse casamento, onde a noiva surgiu como em um sorteio entre os presentes.
Rebecca é o que restou a Amazonino. O projeto do velho mandatário do Amazonas era o senador Eduardo Braga (MDB), que prefere marchar só. Até porque, o PDT praticamente o obrigou dizer que faria palanque para Ciro Gomes e que apoiaria o deputado federal Hissa Abrahão para o Senado. Rebecca, nesse caso, seria a sua tábua de salvação, a garantia de continuidade do mandato, em caso de vitória. O governador pode ganhar e não ficar até o final.
Rebecca também lançou sua pré-candidatura ao Senado, para negociar com os partidos. Articulou com Arthur Neto (PSDB) uma possível aliança. Conversou com Omar Aziz (PSD) e com Eduardo Braga (MDB) e não teve sucesso para uma composição.
No apagar das luzes encontraram uma brecha para a ex-deputada se acomodar. O PDT conseguiu emplacar o Deputado Federal Hissa Abrahão ao Senado e o Deputado Federal Alfredo Nascimento dizendo que vai fechar com Amazonino, sobrou para a ex-deputada a vice-governadoria e o descrédito de quem, visivelmente, buscou apenas acomodações vantajosas, independente de qual fosse a liderança.
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