quarta-feira, 14 de março de 2012

Copa terá “roubos pelos cotovelos”, diz Romário

Deputado e ex-jogador acredita que não haverá mudanças a curto prazo com a troca na presidência da CBF e que não seria um “cara indicado” para presidir a federação

 

 

Grande crítico da CBF desde o início de seu mandato de deputado federal, o ex-jogador Romário afirmou nesta quarta-feira que não seria a pessoa certa para dirigir a Confederação Brasileira de Futebol no momento, mas defende a convocação de novas eleições para a entidade máxima do futebol brasileiro. “O certo é convocar uma assembleia extraordinária com clubes e federações pra colocar lá um cara com moral, que seja honesto e mude o futebol brasileiro. Neste exato momento eu não seria um cara indicado para presidir a CBF. Mas existem ex-atletas e dirigentes que são aptos para isso”, disse o deputado à reportagem do portal UOL.
O ex-atacante da seleção brasileira é o vice-presidente da Comissão e Desporto da Câmara dos Deputados. Romário, que sempre foi ríspido com a CBF em relação aos atrasos na preparação do mMundial no País, disse também que irá fiscalizar o andamento das obras para a Copa do Mundo em 2014. “Está tudo muito atrasado. Algumas obras de mobilidade urbana chegam a 80% de atraso. O rombo vai passar de 100 bilhões nessa Copa. Quando chegar as obras emergenciais, aí todo mundo vai roubar pelos cotovelos. Vamos ter de abrir presídios novos pra colocar o pessoal, pois vai faltar lugar [na cadeia]”.
Romário foi um dos maiores opositores da gestão de Ricardo Teixeira na CBF. Ao ser noticiado sobre sua renúncia, na última segunda-feira, o ex-jogador comemorou a saida do cartola e ainda escreveu em seu perfil oficial no Twitter que um câncer estava sendo exterminado do futebol brasileiro. Dias depois, porém, ele manteve os pés no chão ao ser questionado sobre uma mudança imediata na entidade, agora sob comando de José Maria Marin. “Não vamos soltar fogos e rojões. Não muda nada. Continua a mesma coisa, os clubes não vão ganhar força. Nem os presidentes de clubes e federações estão contentes com a mudança. Mas eles mesmos aceitam o jogo, as cartas estão na mesa e o jogo está marcado até 2015. Acredito que o poder continua na mesma. Temos é que torcer para que em 2015 alguma coisa mude”.

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