Escolha de líder pesou no rompimento do PR com o governo

Alfredo Nascimento, inimigo de Eduardo Braga, escolhido por Dilma nesta semana para liderar o governo no Senado, levou sete senadores para a oposição

A presidente Dilma Rousseff conquistou uma nova derrota com a nomeação do novo Líder do Governo no Senado, Eduardo Braga. Os sete senadores do PR romperam com o governo após a rejeição dos nomes do presidente do partido, Cezar Borges, e os deputados Wellington Fagundes (MT), Luciano Castro (RR) e Milton Monti (SP) e o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues para o cargo de ministro dos Transportes, o partido rompeu com o governo. Mas a entrada de Braga foi decisiva nessa questão, por ser inimigo do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM).
Braga até tentou se conciliar com Nascimento (AM). Segundo o Estadão, depois de um cumprimento cordial no plenário, o novo líder ainda fez questão de telefonar para o ex-ministro ontem pela manhã para dizer o quanto precisava de seu apoio no Senado.
Nascimento chegou a retribuir a cordialidade publicamente durante a reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, presidida por Braga pela última vez ontem de manhã, mas isso não impediu a mudança de lado.
O mesmo ajudou a comandar a reunião da bancada do PR no Senado que decidiu romper com o governo. 'Mesmo na oposição, vamos sempre tratar bem o Eduardo, compreendendo que ele tem a tarefa de ser o homem do governo no Senado', disse o ex-ministro, lembrando que Braga precisará de 'muita humildade e paciência' nesta tarefa de substituir 'um craque' - o senador Romero Jucá.