sexta-feira, 25 de maio de 2012

Impeachment de Collor completa 20 anos, e morte de PC Farias continua à espera de julgamento

Foto de apresentação
Entre os nomes marcantes que envolveram a queda de Fernando Collor de Mello da Presidência, ocorrida em 1992, figura como pivô o ex-tesoureiro de sua campanha eleitoral Paulo César Farias –acusado de operar um esquema de corrupção engendrado pelo ex-presidente.
PC Farias foi apontado como o "testa-de-ferro" do esquema que envolvia cobrança de propina de empresários, contas no exterior e pagamento de gastos pessoais de Collor. Ele chegou a ser preso, em 1993, por sonegação fiscal, e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por falsidade ideológica em 1994. Em junho de 1995, o ex-tesoureiro passou a cumprir pena em regime aberto, o que perdurou até sua misteriosa morte.Paulo César foi morto com um tiro no peito no dia 23 de junho de 1996, na véspera da festa de São João. Ele foi encontrado deitado na cama de sua casa de veraneio, em Guaxuma (bairro na orla norte de Maceió), ao lado de sua então namorada, Suzana Marcolino, também assassinada com um tiro.
As circunstâncias da morte nunca foram devidamente explicadas. Depois de idas e vindas nas investigações --que consideraram hipótese de crime passional, suicídio e duplo homicídio--, a denúncia do Ministério Público Estadual foi feita sem apontar o autor intelectual do caso. Até hoje, nomes de mandantes circulam nos bastidores, mas sem comprovação.
“O Estado teve interesse que o caso fosse arquivado como passional. As autoridades alagoanas trabalharam para tornar o caso um crime passional, mas não foi. Ele morreu porque era um arquivo vivo. Quatro dias após a morte, ele iria depor na CPI das Empreiteiras, e ele estaria falando demais”, disse o perito responsável pela reviravolta nas investigações, George Sanguinetti. (UOL)

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