quinta-feira, 3 de maio de 2012

PMDB e PT fecham pacto para blindar governadores

Pelo acordo, os peemedebistas evitariam a exposição do petista Agnelo Queiroz, do DF, em troca da proteção de Sérgio Cabral Filho, do Rio, caso sejam convocados pela CPI do Cachoeira

247O PMDB, que andava às turras contras o governo de Dilma Rousseff, decidiu fazer um pacto com o PT para se proteger da CPI do Cachoeira. Pelo acordo, os peemedebistas evitariam a exposição do petista Agnelo Queiroz, do DF, em troca da proteção de Sérgio Cabral Filho, do Rio, caso sejam convocados pelos parlamentares.
Leia na matéria da Folha:
Com a ameaça de convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), PMDB e PT deram início ontem a um pacto de proteção mútua de seus governadores na CPI do Cachoeira.
Pelo acordo, o PMDB evitaria exposição do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, em troca da blindagem de Cabral.
À frente da CPI, PMDB e PT deram um primeiro passo ontem ao deixar a investigação dos governos estaduais fora da pauta de investigação nos próximos 40 dias.
Emissários de Cabral foram informados que, segundo o plano de trabalho do relator Odair Cunha (PT-MG), o eventual envolvimento de governadores com esquema do empresário Carlinhos Cachoeira só será objeto da CPI a partir de 12 de junho.
Os governadores não foram citados na apresentação do plano e há a possibilidade de os casos serem remetidos às Assembleias Legislativas.
O nome de Cabral veio à tona após o blog do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) exibir fotos do governador numa confraternização com o presidente licenciado da Delta, Fernando Cavindish, durante viagem a Paris.
Para o sucesso desse acordo, petistas e peemedebistas contam com a adesão do PSDB, que tenta poupar o governador goiano Marconi Perillo.
O líder do PT da Câmara Legislativa do DF, Chico Vigilante, e o vice-governador, Tadeu Fillippeli (PMDB), têm conversado todos os dias sobre a CPI. "Não vão convocar o Cabral nem o Agnelo", afirma Vigilante.
"Para convocar o Cabral, tem que convocar o Alckmin, o Kassab, porque a Delta também prestava serviço para esses governos", acrescentou.
Peemedebistas não são tão otimistas. Para deter a investigação, líderes do partido estariam trabalhando até por um acordo para preservar o mandato do senador Demóstenes Torres, mas temem que as disputas internas no PMDB e PT inviabilizem a operação.

Fonte: Brasil  247

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