terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A MÁ QUALIDADE DAS OBRAS PUBLICAS EM PRESIDENTE FIGUEIREDO.



As obras executadas pelo Prefeito Neilson Cavalcante são de péssima qualidade a exemplo das rampas de acesso de deficientes físicos e cadeirantes, visíveis em nossa cidade, e que têm significados e implicações além dos pontuais transtornos para os usuários até responsabilização cível e criminal diante da lei de improbidade administrativa e responsabilidade fiscal.

Rampa de acesso a cadeirantes em praça no centro da cidade


A má administração e o descaso fazem parte de um pacote mais amplo, preocupante, de generalizado desleixo com a qualidade de obras públicas em Presidente Figueiredo e em todo Território Nacional. Há em todo o país vários exemplos de obras publicas que, mesmo tendo supostamente passado pelo crivo técnico dos órgãos de fiscalização e controle, apresentam problemas de toda ordem ─ de concepção, execução ou de funcionamento. Nesse pacote, pontos comuns aos processos de contratação e acompanhamento de obras ajudam a entender o porquê do descompromisso com o dinheiro público, a segurança e bem-estar dos usuários de serviço público.



O mais comum de todos na cadeia dos descasos, é ditado pelo calendário eleitoral: apressa-se a contratação e execução de projetos de obras publicas de olho em dividendos nos palanques políticos.
No caso da habitação popular, a exemplo da terraplanagem do loteamento da Associação de Mulheres de Presidente Figueiredo e Bairro Galo da Serra demonstram pouco criteriosa maneira como a Caixa Econômica Federal, o grande agente público de financiamento de moradias populares vem analisando os projetos. Há, ainda, fatores que precisam ser considerados como o aumento do preço de terrenos, o encarecimento de material, da mão de obra. Mais um motivo para haver rígida fiscalização dos canteiros pelo poder público, o que, aliás, não vem acontecendo em Presidente Figueiredo.


Terraplanagem do Bairro Vale das Nascentes

A exemplo desses fatores a Controladoria-Geral da União - CGU incluiu, em seus relatórios, outra causa da má qualidade dos projetos de engenharia contratados por governos municipais, estaduais e Federal: mais de 90% dos municípios brasileiros não têm no quadro permanente profissional qualificado de área técnica para elaborar editais de contratação de empreendimentos. São injunções que explicam ─ mas nenhuma delas justifica ─ a banalização da baixa qualidade de execução e edificação no setor.
Conforme noticiado na imprensa a Caixa Econômica Federal ameaça excluir de sua carteira de negócios construtores de obras mal feitas para o programa Minha Casa, Minha Vida, demonstrando que está caminhando na direção certa para tentar mudar a cultura das obras mal acabadas.
Espera-se que, além de tardia em relação a empreendimentos desastrosos como as obras de Presidente Figueiredo (conjunto habitacional no bairro Galo da Serra e Loteamento na BR 174 - Vale das Nascentes), que consomem milhões de reais somente em terraplanagens em área de preservação ambiental e sem Estudos de Impacto de Vizinhança e Ambiental põem em risco a credibilidade de projetos de cunho popular, habitacionais ou não, a medida não tenha sido anunciada apenas para baixar a temperatura das críticas contra a má qualidade das construções, visíveis a olho nu.


Bairro Vale das Nascentes

O Governante tem o dever legal e moral de zelar por critérios técnicos em licitações e contratações de construtoras, promovendo meios de fiscalização efetiva, para acompanhar projetos e cobrar os padrões mínimos de qualidade, como determina a lei e como se impõe os pressupostos mínimos em respeito à população usuária que paga a conta sempre no final. Presidente Figueiredo precisa de órgãos de fiscalização mais atuantes a exemplo do Ministério Público, Tribunais de Contas e Câmara de Vereadores. 

Ginásio do bairro galo da Serra destruído pelo vento


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