segunda-feira, 22 de junho de 2020

JUSTIÇA AFASTA JONAS CASTRO POR IMPROBIDADE E EM SUA DEFESA ACUSA O JUIZ DE PARCIALIDADE


PRESIDENTE FIGUEIREDO – Em decorrência de uma Ação de improbidade administrativa em tramite na Comarca de Presidente Figueiredo, foi decidido nesta segunda-feira, 22, pelo afastamento do presidente da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo Jonas Castro Ribeiro (Avante),  pelo período de 90 dias, por utilizar o cargo para praticar atos que caracterizam improbidade administrativa e prática de nepotismo.
vereador afastado

Na decisão proferida pelo Juiz da Comarca de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), Roger Luiz Paz de Almeida afirma que o afastamento cautelar não ofende a vontade popular que elegeu o titular de mandato político, mas vai ao encontro do interesse coletivo que possui maior dimensão que o privado e dos princípios basilares da administração pública.

Dr. Roger Almeida diz na decisão proferida que o “AFASTAMENTO do réu JONAS CASTRO RIBEIRO, tão somente de suas funções de PRESIDENTE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PRESIDENTE FIGUEIREDO, pelo prazo de 90 dias úteis, tempo em que regimentalmente (art. 27, do Regimento Interno da Câmara de Presidente Figueiredo) deve estar concluído o processo que persegue a sua destituição do mencionado cargo, sendo que, neste período a presidência da Mesa Diretora deve ser exercido pelo seu substituto legal”, diz parte da decisão.

O magistrado ainda afirma na decisão, que há um conluio com o suplente de vereador Gerry Azevedo (cujo partido AVANTE o lançará como candidato a prefeito), aparelharam dois processos visando a extinção do mandato eletivo de vereador Marcos Silva (PSB), culminado com a declaração de extinção do mandato eletivo do citado.

Jonas Castro já responde a vários processos criminais dentre estes o processo crime por homicídio ao dirigir embriagado.    

Relembre o caso

Clemência Assunção da Silva foi atropelada no dia 31 de maio de 2015, na rodovia AM-240, no momento em que retorna de um culto na companhia da mãe e das três filhas. O acusado pelo crime é o vereador Jonas Castro (PSB), que na ocasião, segundo os familiares, dirigia embriagado.
Imagens do enterro da vitima Clemencia

Clemência chegou a ser levada a um hospital de Manaus, mas morreu cinco dias depois, após uma parada cardíaca. A mãe da vítima, Ivanísia Assunção da Silva, e a filha de apenas 4 anos ficaram gravemente feridas. A criança teve a mão esmagada e perdeu um dos dedos.
Imagens de protesto pela morte da vitima  

O vereador Jonas Castro responde na Justiça pelo crime de lesão corporal grave, além de embriaguez ao volante e homicídio culposo.

‘Parcialidade’

Em sua defesa, Jonas Castro afirmou à REVISTA CENARIUM que irá recorrer da sentença e acusou o magistrado de parcialidade, afirmando que suas decisões sempre são favoráveis ao prefeito do Município, Romeiro Mendonça (PP). “Ele deveria se julgar suspeito para decidir a liminar, visto que possui várias ações no Conselho Nacional de Justiça e na corregedoria do TJAM pela sua conduta parcial na comarca do município”, dispara.


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