quinta-feira, 1 de março de 2012

"Matei 255 pessoas que mereciam morrer"

SEM ARREPENDIMENTOS
 
O maior atirador da história da Marinha dos EUA lança um best-seller sobre suas ações no Iraque e conta como escolhia as vítimas.




 

Kyle diz que só atirou em quem fazia atos de violência contra americanos:

“Me sinto plenamente justificado”
O sonho de Chris Kyle, 37 anos, o maior atirador da história da Marinha americana, era ser caubói. Mas a queda de um cavalo bravo, num rodeio em Rendon, no Texas, abreviou sua carreira esportiva. Kyle, aos 18 anos, teve o ombro deslocado, as costelas quebradas, rins e pulmões feridos e precisou receber dois pinos de metal no pulso. Os danos causados pelo revés nos picadeiros, porém, não atrapalharam sua vida de soldado. Na Marinha, Kyle conseguiu chegar à elite dos US Navy Seals (força especial formada por homens treinados a realizar operações no mar, ar e terra) e ainda acabar reconhecido como o mais letal deles. Pelas contas do Pentágono, ele foi algoz de 160 vítimas, durante quatro missões no Iraque. Em sua contabilidade extraoficial, Kyle acha que o número é maior: 255 mortos, um deles atingido por um tiro disparado a quase dois quilômetros de distância. Em Ramadi, no Iraque, os insurgentes o chamavam de al-Shaitan (“o diabo”) e ofereciam uma recompensa de US$ 20 mil por sua cabeça. Já seus parceiros militares o aclamavam como “a lenda”. Kyle encerrou a carreira em 2009. Sua autobiografia “American Sniper” (“Atirador Americano”), lançada no mês passado nos Estados Unidos, foi imediatamente alçada à lista dos livros mais vendidos no país.
                                                      
"O número não é importante para mim. Apenas queria ter matado mais gente. Não para poder me gabar, mas porque acho que o mundo é um lugar melhor sem selvagens à solta tirando vidas americanas."

 

Com 225 confirmou durante seu mandato Marinha, seu companheiro de equipe SEAL 3 marinheiros chamavam de "A Lenda" e pegou o personagem de quadrinhos The Punisher como mascote o seu pelotão.

O sr. Chama os Iraquianos de “selvagem”. Em que sentido eles  são menos civilizado do que os ocidentais????
Seu primeiro assassinato foi uma mulher, em março de 2003, em Nasiriya?.
Chris Kyle - Ela levava uma criança em uma mão e uma granada  em outra , e andava na direção de um pilotão da marinha . Ela estava prestes a lançar uma granada ela só queria matar  americanos, não se importavade se a explosão da granada mataria seu filho ou outras crianças que estavam por ali. Não acho que isso seja civilizado,é coisa de selvagem . Sua kill mais distante foi de 2.100 metros fora Sadr City, em 2008.

Foi lá que ele viu um homem nivelando um lançador de foguetes em um comboio do Exército e disparou um único tiro de seu rifle 0,338 Lapua Magnum com o seu alcance poder Nightforce.

Daquela distância, Kyle teve de levar em consideração o terreno, o vento, a vibração, elevação do tiro, e até mesmo o efeito Coriolis, onde a rotação da terra afeta onde a bala chega.

Naquele dia, cada um desses fatores conspiraram juntos e Kyle atingiu o homem antes que ele atacou o comboio. "Deus soprou a bala e atingi-lo", disse o Post.
Chris Kyle - "Cada pessoa que eu matei Eu acredito fortemente que eles eram ruins"
O que passa por sua cabeça quando atira em alguém?  
Chris Kyle -  A única coisa em que penso é tentar salvar aquelas pessoas que meu alvo quer matar ou ferir. Não tenho tempo de hesitar. Mas também não saí por aí atirando em qualquer um. Os alvos tinham que estar fazendo um ato de violência contra os americanos, nossos aliados, ou iraquianos inocentes.

Para o sr., qual foi o momento mais difícil?
Chris Kyle - Certamente foi perder dois companheiros que eram como irmãos para mim. Numa mesma missão em Ramadi, em agosto de 2006, Ryan foi atingido pelos insurgentes com o tiro no olho e Marc Lee, não muito longe dali, levou um tiro na boca. Foi bem no momento em que ele ia nos avisar de que havia terroristas no andar superior de uma casa que havíamos invadido. Mas não deu tempo. Rezei muito para Deus naquele período e passei a ler a “Bíblia” com regularidade.

Como os atentados de 11 de Setembro mudaram as Forças Armadas americanas?

Chris Kyle -
Os atentados definitivamente nos despertaram a consciência de que há pessoas perigosas por aí e que devemos ficar ainda mais atentos. As Forças Armadas ganharam em tamanho e importância, mas agora estamos perdendo isso.

No livro, o sr. critica a cobertura da imprensa sobre a guerra. A presença de jornalistas chegou a atrapalhar algumas missões?

Chris Kyle - Sim. É claro que, quando a mídia estava lá, sempre olhávamos sobre nossos ombros, pensando: “O que será que eles estão tentando filmar? Será que eles realmente estão do nosso lado?” E, ao mesmo tempo, tínhamos que nos tornar seguranças deles.

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