quinta-feira, 1 de março de 2012

Eliana Calmon defende PEC que explicita competência do CNJ na investigação de juízes

Judiciário
A ministra Eliana Calmon defendeu a aprovação de uma PEC para explicitar e ampliar as competências do CNJ na investigação de juízes. A ministra, atual corregedora nacional de Justiça, participa nesta tarde de audiência pública da CCJ justamente para subsidiar a votação da PEC 97/11.

Eliana Calmon lembrou que a recente decisão do STF reconhecendo os poderes do CNJ foi tomada em liminar - podendo ser derrubada - e com pequena vantagem. Além disso, observou que a competência do órgão pode ser modificada na Loman, de iniciativa do próprio STF. A PEC, portanto, confirmaria os poderes do CNJ de forma mais permanente.
A ministra também negou que a Corregedoria Nacional de Justiça seja um "tribunal de exceção" para juízes. Ela explicou que as denúncias e representações são investigadas sigilosamente e, quando aceitas, os acusados têm garantido seu direito à ampla defesa.

Senado
PECs dos Recursos e do CNJ terão prioridade de votação
O presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira, assumiu o compromisso de dar prioridade à votação das PECs dos Recursos (15/11) e do CNJ (97/11) em 2012. Após apelo dos senadores Aloysio Nunes e Demóstenes Torres, respectivamente, as matérias deverão entrar em pauta logo após o carnaval.
CNJ
Eunício Oliveira também já deixou agendada para o próximo dia 28, às 14h, a audiência pública para orientar a votação da PEC 97/11, que regulamenta as atribuições do CNJ. Requerimentos apresentados por Demóstenes e Vital do Rego devem trazer ao debate a ministra do STJ e corregedora do conselho Eliana Calmon.
Balanço
Antes de colocar os projetos em votação nesta quarta-feira, 8, Eunício Oliveira aproveitou para saudar os membros da CCJ na primeira reunião de 2012 apresentando um rápido balanço das ações da comissão no ano passado. Segundo informou, a Comissão de Justiça realizou 67 reuniões em 2011 - todas com quórum qualificado, realizou 36 sabatinas de autoridades e votou 324 proposições, dentre as quais a reforma política, a PEC das MPs, a reforma do código florestal, a política nacional de mobilidade urbana, e a aplicação de recursos das multas de trânsito em campanhas educativas no setor.

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