Investigação aponta que ele articulava saída de juiz para atrasar processo.
Além dele, mais cinco pessoas já foram detidas suspeitas de envolvimento.
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| Ex-prefeito do município foi preso em Manaus após prestar depoimento (Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
O ex-prefeito de Rio Preto da Eva,
Anderson Souza, foi preso, na tarde desta segunda-feira (4), em
cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ele é suspeito de articular
a saída do juiz do município que comanda as investigações a respeito da
quadrilha contratada para matar o atual prefeito da cidade, o
vice-prefeito, um procurador de Justiça e um empresário. Segundo a
Polícia Civil, ele comandava o grupo.
O ex-prefeito foi preso na sede da Secretaria Executiva Adjunta de
Inteligência (Seai) após prestar depoimento sobre a suspeita de
envolvimento dele no caso da tentativa de homicídio do prefeito do
município, Luiz Ricardo Chagas, o vice Ernane Santiago e o ouvidor do
município, Erick Franco de Sá.
O mandado foi expedido pelo Ministério Público Estadual e requerido
pelo juiz da Comarca de Rio Preto da Eva, Cássio Borges dos Santos, após
investigação conduzida pela promotoria de Justiça local apontar que o
ex-prefeito estaria articulando a saída do juiz do município e, com
isso, obstruindo o andamento do processo contra a suposta quadrilha.
Anderson Souza foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus,
onde passou por exames de corpo de delito e encaminhado à Unidade
Prisional do Puraquequara (UPP). Ele ficará à disposição da Justiça.
Material apreendido com os suspeitos de tentar matar prefeito (Foto: Patrick Motta / Rádio Amazonas FM)No dia 15 de fevereiro deste ano, quatro pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido suspeitos de participação na quadrilha. De acordo com a Polícia Civil, os cinco foram autuados em flagrante por Formação de Quadrilha (Art. 288 do CP). Dois dos suspeitos, que advogam para a coligação de oposição ao atual prefeito de Rio Preto da Eva, também foram autuados em flagrante por Falsidade Ideológica (Art. 299 do CP) por estarem utilizando carteiras falsas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no momento em que foram detidos.
Segundo o delegado do município, Virgílio César Mendonça, as informações em torno da suposta quadrilha chegaram até a Polícia Civil por meio de denúncias anônimas logo após as eleições municipais do ano passado. As mortes, segundo ele, teriam motivação política. O ex-prefeito, preso nesta segunda (4), é suspeito de comandar o crime.(G1 AM)
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